Mulheres GG têm opções sensuais de lingerie

Quem não entra em um manequim 36 também tem o direito de ser ousada e sexy, com lingeries que valorizam as curvas da mulher brasileira. Foto: Água Fresca/Divulgação
Quem não entra em um manequim 36 também tem o direito de ser ousada e sexy, com lingeries que valorizam as curvas da mulher brasileira

Um pneuzinho aqui, uma celulite ali, alguns quilos extras na balança e pronto: está formada a neura que impede muitas mulheres gordinhas a explorarem o seu lado mais sensual. O problema é comum, mas a solução pode estar na loja de lingerie mais próxima, o que não falta são opções para valorizar mulheres cujas medidas não atendem à ditadura do "manequim 36", mas que esbanjam curvas pra lá de sensuais.
Uma reclamação frequente, por parte deste público, tem a ver justamente com a escassa oferta de peças atraentes em numerações maiores. O "Fale conosco" do site da marca DeMillus confirma: "Por que só os tamanhos menores são bonitos? Nós que usamos tamanho 52 precisamos de lingeries bonitas para realçar a beleza dos seios grandes. Dá até vergonha usar estes modelos da época da vovó. Por favor, me ajudem", diz uma gordinha.
A criação de modelos em tamanhos especiais, que hoje vão até a numeração 54, para sutiãs, e extra grande (XG), para as calcinhas. "Trata-se de um público cada vez mais aberto a exibir sua sensualidade, independente de estar fora do padrão de beleza considerado mais clássico".
O fato é que as confecções estão cada vez mais inclinadas a investir em tecnologia, maquinário e matéria-prima a fim de valorizar o corpo da brasileira e atender a todos os biotipos. A Duloren, por exemplo, acaba de lançar sua linha plus size, com peças confeccionadas com maior porcentagem de elastano do que as calcinhas normais. Este diferencial contribui para a maior compressão e definição das curvas.
Hoje, os tamanhos grandes representam cerca de 40% das vendas mo mercado.  "Afinal os logistas querem que todas as mulheres se sintam sexy"

Os números crescem, o mercado atende
Independentemente do modelo, da cor ou da textura, um aspecto comum une as marcas de moda íntima que decidiram apostar no plus size: a demanda cresceu.

A marca Dilady, que tem uma linha composta por numerações maiores, do 48 ao 54, atribui às peças 30% da produção total da confecção.

Em meio a uma gama diversificada de produtos voltados às gordinhas, estão tangas com regulagem, camisetas modeladoras, sutiãs e bermudas redutoras. 
O aumento da procura também chamou a atenção da marca Elegance, do Rio Grande do Sul, que atualmente tem em torno de 25% das vendas voltadas às numerações acima do 42. A diretora presidente da marca presume que os números indicam também uma mudança de comportamento: "O que antes poderia representar aquela frase: 'Eu não tenho corpo para usar essa lingerie', hoje parece não intimidar as consumidoras plus size", reforça. 
Já a marca Plié optou por não criar uma coleção exclusiva para as gordinhas, e sim, ampliar a numeração nos modelos oferecidos.
A linha Control Line, composta por calcinhas, sutiãs, leggings e bodies, vai do 36 ao 48. Segundo o diretor da empresa, a ideia é mostrar que a marca atende a todos os tamanhos, não só os maiores. Segundo ele, o Control Line, projetado para causar um efeito redutor de medidas, já representa 50% em volume de vendas entre as outras linhas da Plié.
No "Fale conosco" do site da DeMillus, outra consumidora disse: "Nós gordinhas também temos o direito de ficar lindas e sensuais, como todas as outras mulheres." Sugestão aceita pela empresa, detectada pelo mercado e comprovada nas prateleiras de lingeries brasileiras, que parecem estar cada vez mais democráticas. 

Fonte: Cris Vidal (Terra)

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