Polêmica: Por que os concursos de miss plus size geram polêmica vazia?

Por Mulher Reais,

Todo vencedor é alvo de desconfiança. Ou seria de inveja disfarçada? Em setembro de 2011, quando a angolana Leila Lopes foi eleita Miss Universo, na cerimônia realizada em São Paulo, várias candidatas derrotadas levantaram dúvidas sobre a legitimidade da eleição. Uma delas chegou a insinuar que a africana só ganhara o título pois o concurso estava sendo realizado no Brasil, país miscigenado com numerosa população negra.


Os concursos de miss plus size também suscitam polêmicas relacionadas ao mérito das campeãs. Geralmente a vencedora não é suficientemente “plus size” na visão das concorrentes e de parte do público. Algo importante precisa ficar claro: o objetivo dos concursos não é eleger a mais gorda, e sim a mais carismática, a de maior atitude positiva, a melhor representante da autoestima feminina. A maioria dos jurados não leva em consideração o peso das candidatas, e sim características realmente relevantes como beleza, simpatia e expressividade.


A intenção do concurso Miss Plus Size Mulheres Reais, cuja segunda edição irá acontecer dia 6 de outubro, em São Paulo, é estimular a mulher comum a (re)descobrir a própria essência e sentir-se bela, elegante e sensual mesmo vestindo 44, 46, 48, 50, 52 ou acima disso — ou seja, fora do “padrão” imposto pela indústria da moda convencional. As candidatas não precisarão subir numa balança para “provar” que são plus size, ou que pesam X ou Y. Não se trata, definitivamente, de uma competição de obesidade mórbida. E sim de um evento para dar visibilidade às mulheres verdadeiras, com corpos reais e belezas individuais.


Os concursos devem ser encarados como um evento de entretenimento, e não como se fossem uma avaliação definitiva de caráter, honestidade ou nível de superioridade entre as candidatas. A vida é feita de vitórias e derrotas. Vencer uma competição assim realmente proporciona várias alegrias, mas não vai mudar a vida da campeã. No dia seguinte, a rotina segue igualmente para todas. E a derrota, ainda que momentaneamente amarga, não deve ganhar tanta importância assim. É apenas um concurso. O valor real de uma pessoa (no caso, de uma mulher plus size) jamais será medido em notas de jurados. Há outra questão: o fair play, o espírito esportivo.

 

Afinal, se não sabe brincar, não desça para o play.

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